18 abril 2012

O Inferno são os Outros


     Os Titãs gravaram uma música com essa frase aí do titulo faz pouco tempo. Mas ela é famosa desde o meio do século passado, quando seu autor , o filósofo existencialista (ele pensava, logo existia!) Jean Paul Sartre mandou bem mandado na peça “Entre quatro paredes”. A fala textual é: “Não há necessidades  de grelhas, o inferno são os outros”. Pois é, ”os outros”, nesse caso _ e segundo me explicou a professora de filosofia Luciene Félix_ são todos aqueles que, sem querer ou de proposito, revelam de nos a nos mesmos . E, não é fácil.

    E se a agente trouxesse essa frase para os dias de hoje? Daria para traduzir facilmente para o povo que insiste em nos chochar e fazer a gente  se sentir mal . Do nada. Assim sem motivo. Sabe do que estamos falando? Basta relembrar sua semana. Fez isso?  Então, diz pra gente  quantas vezes apareceram pessoas te julgando, te tolhendo, jogando você pra baixo ? É dessas “diabinhas” de que estamos falando.

   Alguns exemplos: você demora um tempão escolhendo uma roupa pra sair, se produz toda, e vem uma “amiga” e te diz assim, na lata: “Afe! Você tá horrível!”. Outro: você finalmente conquista aquele carinha legal, gato, inteligente. Leva o fofo pra conhecer sua família e todo mundo torce o nariz, sabe-se lá por que (ás vezes, até por ciúmes ou inveja, sabia? ). Ou quando você  batalha, batalha para eliminar uns “excessinhos de bagagem”  no seu corpo e a “Maria-Tridente” vira e fala: “Precisa ver se vai durar, né?". Grrrrr.

   Agora, imagine várias dessas por dia, por semana, por meses, anos!!! Assim ninguém aguenta! Agente vai desmoronado e a nossa autoestima vai pelo ralo, juntamente com o creme dentel que promete dentes mais branquinhos. Puxa, mas por que isso acontece? Simplesmente porque as pessoas têm mesmo um lado perversinho. E também  porque todo mundo ( no fila da contas ) quer ser aceito no grupo, na sociedade, então acaba dando valor demais para o que os outros falam com medo de ficar fora, do não-pertencer a essa ou aquela turma.

   O que fazer, então? Temos uma boa noticia ! Sua autoestima que, as vezes , esta com consistência de palha; as vezes. De madeira, ou com a de um tijolinho? ? Pois é: agora ela poda ser um tijolaço coleção  , de uma vez comoooooo? Faz assim:  pegue sua bolça e  imagine  que você   te pertencem! Tipo: beleza, simpatia, fidelidade, criatividade, esperteza, bom gosto, amorosidade, compaixão, solidariedade, calma, bom humor, sinceridade, concentração ,  sua bolsa e feche. Pronto! Essa sua de qualidades é o que você  pode chamar realmente de autoestima .

   Por exemplo, quando alguém falar que você está horrível_ com um certo visual _por acaso isso vai fazer com que você deixe de continuar se achando sincera ,  divertida, boa amiga etc? Não, não vai!!! Porque ninguém tem o poder (ou o direito ) de mexer  ou zoar com sua coleção pessoal de qualidades.
  
 Então agora, com esse preciosíssimo segredo em mãos e sabendo que sua autoestima pode ser firme como um tijolo, você pode se sentir autoconfiante o suficiente para ser “tu” mesma, para se expressar, ir atrás dos seus sonhos, encarar quem você esta a fim, olhar de frente para os seus medos, para não dar ouvidos para o povo-do-tridente, de ter orgulho de ser quem você é e de quem quer ser um dia . E que tal se esse um-dia seja agora ? Paraíso jááá! Uhuuuuuuuu !
Texto:Gisela Rao
Revista Plastic Dreams nº 7, pág 102

 Eu curti muito este texto, e caiu como uma luva pra mim por isso resolvi compartilhar com vocês.Espero que vocês gostem!


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